O aumento da população de rua em Niterói representa não apenas um desafio social, mas também uma ameaça significativa para a saúde pública nas cidades.
A falta de moradia não só expõe os indivíduos sem-teto a condições adversas, mas também aumenta substancialmente o risco de propagação de doenças para a comunidade em geral.
Doenças infecciosas, muitas das quais já controladas em populações mais estáveis, encontram um terreno fértil entre os sem-teto. A falta de acesso a saneamento básico e condições de higiene adequadas nas ruas torna essas pessoas mais suscetíveis a infecções transmitidas pela água e pelo ar.
Isso não só impacta diretamente a saúde dos sem-teto, mas também coloca em risco os moradores locais que podem entrar em contato com essas doenças através de interações cotidianas. Além disso, transtornos mentais e dependência química, comuns entre a população de rua, têm implicações sérias para a segurança pública e a saúde da comunidade.
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Comportamentos de risco associados a esses problemas, como o compartilhamento de agulhas, aumentam a propagação de doenças como o HIV e hepatites. Enfrentar as consequências da população de rua não é apenas uma responsabilidade social, mas uma necessidade de saúde pública.
Investir em programas abrangentes que abordem não apenas a falta de moradia, mas também ofereçam acesso a serviços de saúde, tratamento de dependências e cuidados psicológicos, é crucial para proteger a saúde de toda a comunidade e mitigar os riscos associados à população de rua.
Ignorar esse desafio pode resultar em consequências de longo prazo para a saúde pública e a coesão social em nossas cidades.